quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Discutindo os cinco pilares de Paulo Freire na Aprendizagem


UFC - Universidade Federal do Ceará
  Instituto UFC Virtual
  Pró-Reitoria de Pós-Graduação
  Coordenadoria de Pesquisa, Informação e Comunicação de Dados
  Divisão de Planejamento e Ensino
  Curso: CFCT - Curso de Formação Continuada de Tutores Turma 2012/2
  Turma: T-21 - MEC/SECADI - Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão
   Coordenação - Dra. Raquel Santiago Freire
  Professor Formador: Fernando Antonio de Castelo Branco e Ramos
  Cursista:
 Tiago Estevam Gonçalves

Paulo Freire em seu livro pedagogia do oprimido nos faz pensar a respeito da educação. Este autor supracitado dos colocar a concepção bancaria da educação como instrumento da opressão. Neste contexto, a tarefa do educador e “encher” o educando dos conteúdos de acordo com sua narração. Conteúdos que são retalhos da realidade desconectados da totalidade em que se engendram e em cuja visão ganhariam significação.
“O professor é o sujeito que conduz os educandos à memorização mecânica do conteúdo narrado. Mais ainda, os transforma em ‘vasilhas’, e recipientes a serem “enchidos” pelo educador, ou seja, ou alunos são meros depósitos”. (FREIRE, 2005: 66).
Gostaríamos de destacar este tipo de educação que ainda é bastante comum nas escolas, tornando a prática educativa um simples ato de depositar conhecimentos.  Esta é a chamada concepção bancária que Paulo Freire nos fala, concordamos com o autor acima, pois este não concorda e não aceita esta forma de educação.
A educação neste modelo torna-se uma prática vazia de dominação, por isso criticamos, pois o objetivo de ensinar é o comprometimento com a liberação do pensar do educando, dando-lhe ferramenta de aprofundar o entendimento da realidade.
“Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmos, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”. (FREIRE, 2005:78).
 Parafraseando Freire nos fala a respeito da educação problematizadora, esta não se detêm ao de depositar ou transmitir conhecimentos. Nos coloca a exigência da superação da contradição educador-educando. Por podemos assim tem uma relação de dialogo, indispensável no processo de ensino-aprendizagem.
A função mais importante do educador e é de despertar e desenvolver o pensamento produtivo, ou seja, ensinar o discente a pensar. A aprendizagem passiva, aquela em que o professor estabelece a estrutura do assunto, repassando-a para o aluno, torna-se muito limitadora. Isso pode criar um profissional que só se sai bem quando pode ser aplicado diretamente o que foi aprendido. Esse despertar não pode ser desvinculado dos pilares de Freire: Humildade, Fé, Amor, Esperança e um pensar crítico.
Já na aprendizagem ativa permite que o discente ultrapasse a fronteira entre o aprender e o pensar. Pensar neste caso é definido como operação de ir além daquilo que foi estudado. É refletir, generalizar, analisar as consequências e as possibilidades de aplicação daquilo que foi aprendido.
Conclui-se considerando, a aprendizagem como  um processo mental que ocorre no interior do individuo, gerando consequentemente mudanças internas, devido a uma “nova descoberta”. Podendo ou não ser percebida na mudança de comportamento do individuo, como resultado de aprendizagem.


Um comentário:

  1. Olá Tiago,

    Bem observado a exigência da superação da contradição educador-educando, penso que essa condição só pode ser superada através do desenvolvimento do pensamento crítico.

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